segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fog

Os bardos agitaram-se com suas trombetas,
um cenário tenebroso se desenrolava,
Anunciaram "tsunamis" cataclísmicos
de altura meio milhão.

Era findo nosso tempo no templo dos sonhos
economizei nas palavras
e fugimos todos juntos,
em silêncio,
reconhecendo o fim.

Que haveria depois do mar?
Depois de todo o mar.

Ventava até dentro daquelas choupanas
onde nos escondemos,
eles sentiram sono ...
e de repente o resto do mundo dormia.

Queria ver as ondas.

Os sons eram delicados
- apesar da força sem tamanho das águas -
imaginei-os de forma tal
que se tornaram audíveis à distância.

Escondi-me em algum lugar
avistei-as se aproximando
era impossível escapar do vento
não havia distinção entre nuvens
de céu e de mar.

Preencheu-se o meu peito de uma certeza
"Não temer a morte
e não ter fim"
lembrei-me dos outros que adormeceram,
quando tudo acabou acordei sozinha nesse lugar
as ondas inda as tenho,
permaneceram em mim.













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