sexta-feira, 2 de outubro de 2009


O mar é a mente.
No meio daquela gente
a maré me leva a pensar igual,
a maré me leva a pensar,
quanto pesar eu sinto.

Evitar a dança dos afogados
no meio daquela trança.
Ah! - Lamento, mas não fui eu quem se despediu
de Poseidon.

Que posso fazer pra escapar de tanta água,
onde se afoga toda a câmara dos comuns,
na vingança declarada do Deus líquido,
por serem eles o que estão.

Agora o burburinho das fofocas
matinais de vocês,
que saíram pra aproveitar a neve
- como me incomodam -
com seus pares novos de patins e seus casacos de pele.

Os restos mortais da tormenta atingiram a outra margem
deixando os que ficaram cheios de certezas.
Se aquele mar de gente não me tivesse dominado,
talvez desfrutássemos de uma posição heróica.

Não quero lembranças derrotistas,
no meio de sua imensidão me afogo eu também
e no amargor do sal,
em vestígios seus
- não os quero -
vestígios os de ninguém.








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