terça-feira, 27 de outubro de 2009

Repolho podre para os animais de baixo calão.


Lá, Garto
o garfo largado,
cheio de restos mortais
deles, os outros animais.

Lá Garto
larga de ser mole ow!
A largatixa te ultrapassa
e Lá de longe se vê
que até mesmo a tartaruga
ganha de você.

Vi um lagarto andando
pelas gramas da matemática,
meu coração disparou
de verde que eram eles dois se confundindo,
o lagarto foi pra lá
debaixo da construção, debaixo de uma sacada
onde o chucro palhaço Chucrute,
o repolhista alemão,
repousa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Esse foi o fim de Martin Tygel


Martin Tygel
viajou pra Alemanha
Martin Tygel
não gostava de aranha...
e sua repulsa era tamanha
que o fez tripudiar sobre vocês.
Martin Tygel tem medo
mas foi pra África de sopetão
arranjou nas malas uns livros sobre como ganhar medalhas
e foi comido por um leão.

Fog

Os bardos agitaram-se com suas trombetas,
um cenário tenebroso se desenrolava,
Anunciaram "tsunamis" cataclísmicos
de altura meio milhão.

Era findo nosso tempo no templo dos sonhos
economizei nas palavras
e fugimos todos juntos,
em silêncio,
reconhecendo o fim.

Que haveria depois do mar?
Depois de todo o mar.

Ventava até dentro daquelas choupanas
onde nos escondemos,
eles sentiram sono ...
e de repente o resto do mundo dormia.

Queria ver as ondas.

Os sons eram delicados
- apesar da força sem tamanho das águas -
imaginei-os de forma tal
que se tornaram audíveis à distância.

Escondi-me em algum lugar
avistei-as se aproximando
era impossível escapar do vento
não havia distinção entre nuvens
de céu e de mar.

Preencheu-se o meu peito de uma certeza
"Não temer a morte
e não ter fim"
lembrei-me dos outros que adormeceram,
quando tudo acabou acordei sozinha nesse lugar
as ondas inda as tenho,
permaneceram em mim.













sexta-feira, 2 de outubro de 2009


O mar é a mente.
No meio daquela gente
a maré me leva a pensar igual,
a maré me leva a pensar,
quanto pesar eu sinto.

Evitar a dança dos afogados
no meio daquela trança.
Ah! - Lamento, mas não fui eu quem se despediu
de Poseidon.

Que posso fazer pra escapar de tanta água,
onde se afoga toda a câmara dos comuns,
na vingança declarada do Deus líquido,
por serem eles o que estão.

Agora o burburinho das fofocas
matinais de vocês,
que saíram pra aproveitar a neve
- como me incomodam -
com seus pares novos de patins e seus casacos de pele.

Os restos mortais da tormenta atingiram a outra margem
deixando os que ficaram cheios de certezas.
Se aquele mar de gente não me tivesse dominado,
talvez desfrutássemos de uma posição heróica.

Não quero lembranças derrotistas,
no meio de sua imensidão me afogo eu também
e no amargor do sal,
em vestígios seus
- não os quero -
vestígios os de ninguém.